sexta-feira, 25 de março de 2011

É possível ser feliz no melhor emprego do mundo?

Bom, o que você acharia de ganhar aproximadamente R$ 15 mil por mês, para ser o zelador de uma ilha paradisíaca, onde teria que coletar correspondências, passear pelas areias brancas, alimentar tartarugas marinhas e peixes, e observar o mergulho das baleias? Sua principal responsabilidade seria fazer posts diários em um blog, incluindo fotos e vídeos mostrando como foi o seu dia.
 
O empregador disponibiliza uma casa com três quartos e sacadas com vista para o mar, além de um buggy para transporte na ilha. As exigências são simples: ser comunicativo e saber escrever e ler em inglês. O empregador destaca que não é preciso ter qualificações acadêmicas, porém, é necessário saber nadar e ter espírito aventureiro.
 
Esse emprego existiu e foi anunciado há dois anos, em plena crise econômica mundial. A ideia surgiu para promover um lugar turístico na Austrália e teve, evidentemente, um grande efeito. Milhares de candidatos, de mais de 200 países, se inscreveram, contudo, apenas um candidato foi escolhido.
 
O inusitado desse episódio é que o emprego duraria apenas 6 meses, depois desse período, o contrato estaria encerrado e ele precisaria procurar outro emprego.
 
O britânico Ben Southall foi o escolhido no processo seletivo. Foi ele quem perdeu o “emprego dos sonhos” para se tornar um guia turístico.

Será que ele foi feliz no melhor emprego do mundo?
Provavelmente ele teve momentos felizes, contudo o conceito de felicidade é flexível e totalmente mutante, e é isso que permite uma reflexão sobre o que é a verdadeira expectativa sobre o melhor emprego do mundo.
Ser zelador na ilha, proporcionou um grande desenvolvimento pessoal ao sr. Ben, que trabalhava como arrecadador de verbas em sua cidade natal. A experiência teve o mérito de proporcionar um novo estágio de autoconhecimento. O emprego certamente criou condições financeiras mais vantajosas e o local de trabalho realmente era absolutamente agradável. Contudo, mesmo tendo características únicas, não foi suficiente para atingir as reais expectativas do Sr. Ben.
Depois de explorar o trabalho por algum tempo, ele descobriu que tinha uma vocação natural para a aventura, por isso começou a desejar mais desafios, mais conhecimento desse seu novo talento.
Usando de muita criatividade, o Sr. Ben conseguiu achar uma forma de transformar sua experiência em um empreendimento que fosse mais duradouro. Hoje ele é um respeitado guia turístico na Austrália e promove aventuras para seus clientes.
Ter a chance de descobrir seu talento certamente foi o melhor benefício que o emprego de zelador da ilha lhe proporcionou.
Se conseguirmos explorar nosso trabalho ao ponto de  descobrirmos todo o  nosso potencial, estaremos então caminhando na direção de transformar nosso trabalho no melhor emprego do mundo. Afinal, como diz o ditado popular:
O importante não é fazer o que gosta, mas sim gostar do que faz.

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