domingo, 31 de julho de 2011

ESCOLHA SUA FUTURA CARREIRA, COM MENOS RISCO DE ERRAR


Indicadores de temperamentos são, atualmente, as ferramentas mais utilizadas, em todo o mundo, para que as pessoas possam escolher as futuras profissões. Temperamento é aquilo que chamamos comumente de humor, gênio etc. Psicologicamente, temperamento é algo muito mais profundo do que imaginamos: é o alicerce principal da nossa personalidade. O temperamento inclui a forma favorita de perceber as coisas e de fazer escolhas e, também, de nos relacionarmos com outras pessoas. Temperamentos estão na base dos nossos interesses e aspirações, dos valores que defendemos e da nossa visão de mundo.

As modernas teorias sobre temperamentos surgiram após os estudos do psicólogo suíço Carl Gustav Jung e do lançamento de sua obra “Tipos Psicológicos” (1920). Na década de 1980, as teorias sobre os processos mentais de percepção e de análise e tomada de decisão, que formam a base da Teoria dos Temperamentos, avançaram espetacularmente, graças às contribuições da Neurociência.

Nas últimas duas décadas, neurocientistas norte-americanos revolucionaram o conhecimento sobre temperamentos e talentos (inteligências). Eles comprovaram que o lado superior esquerdo do cérebro é solucionador de problemas, técnico e detalhista, enquanto o inferior esquerdo é planejador, lógico, organizacional e administrativo. O lado superior direito é conceitualizador, sintetizador, imaginoso e holista, enquanto o inferior direito é falante, espiritual, emocional e interpessoal.

O desenvolvimento maior ou menor dessas “áreas” explica por que algumas pessoas são ótimas em ocupações que requerem organização, comando e pensamento estratégico (raciocínio lógico), enquanto outras se destacam pela inteligência emocional, ou pela musical, pela corporal e cinestésica etc.

Os indicadores de temperamento demoraram a ser introduzidos no Brasil. A pedagoga e pesquisadora brasileira Maria da Luz Nunes Preto Calegari criou, recentemente, o IBTA-A (Indicador Brasileiro de Temperamentos para Adolescentes e Adultos), cuja versão para adolescentes está disponível no site do CIEE desde 2008. Consta de 13 situações, que possibilitam descobrir a qual dos 4 temperamentos universais o internauta pertence, e quais são as áreas mais indicadas para desenvolver uma carreira bem sucedida.
 FAÇA O TESTE ATRAVÉS DO LINK ABAIXO:

http://www.estudantes.ciee.org.br/portal/estudantes/temperamento/default.htm

Na hora da entrevista

Por Ana Paula Costa.

A entrevista, seja numa fase inicial na consultoria de seleção, ou nos "finalmentes" com a empresa contratante, é um divisor de águas na vida do candidato. Sempre existem duas opções: ser o escolhido ou não; aceitar ou recusar a proposta. Mais do que uma decisão na carreira, é a decisão de uma vida, e que pode ou não trazer resultados satisfatórios. E satisfação, aqui, é a chave da questão.

As discussões e as pesquisas mais recentes sobre o tema "Carreira" mostram uma mudança no sentido e na forma de trabalhar que não se pode mais deixar passar despercebida. Palavras como desafio, autenticidade, equilíbrio tornam-se cada vez mais frequentes no linguajar dos que já estão, e dos que estão entrando no mundo das organizações. E, pensando neste significado diferente de trabalho, de construção de uma trajetória, fazer a escolha certa na carreira torna-se uma questão existencial.

E a escolha só é certa quando os dois lados, organização e candidato, têm acesso a informações que lhe permitem tomar uma decisão embasada. Qual é o melhor candidato a uma posição? Qual é a melhor posição para um candidato? E é neste ponto que os problemas começam a surgir. De um lado, a organização, no anseio de atrair e contratar aquele que considera ser o candidato ideal, nem sempre "vende" sua oportunidade como ela realmente é. Do outro lado, o candidato, cheio de construtos idealizados sobre determinada empresa ou posição, esforça-se para se apresentar como algo que não é, ou pode não ser. O resultado torna-se então inevitável: frustração e desapontamento de ambos os lados.

Os custos e os prejuízos de uma contratação mal feita são geralmente visíveis para a empresa. Já, para o candidato, enfrentar o arrependimento de uma escolha equivocada e encarar as repercussões em todas as esferas de sua vida é sempre um processo muito difícil.

Como evitar isso? Voltando ao tema deste artigo e sob a perspectiva do candidato, posso dizer o seguinte: Seja mais você! Na hora da entrevista, mostre àquele que está do outro lado da mesa quem você é, o que você fez e o que você quer. Busque sair daquele estereótipo do candidato ideal, pois não existe um único candidato ideal, existem vários, e você sendo você mesmo pode ser um deles.

Outro aspecto igualmente importante e que, às vezes, é deixado de lado pela ansiedade do momento, são os questionamentos ao contratante. E aí vai a dica: coloque-se também no papel de entrevistador, pergunte, pesquise, entenda, e, principalmente, não restrinja essa busca de informações ao momento da entrevista. Vá além. Lembre-se, numa época em que as pessoas estão tomando com afinco as rédeas de suas carreiras, é determinante ter clareza sobre quais são os seus objetivos, interesses profissionais e pessoais, e se estes estão alinhados aos da organização.

É importante que você, enquanto sujeito de sua trajetória, busque coerência entre seu perfil e projeto de vida. Tome decisões relativas à carreira fazendo um julgamento criterioso sobre suas preferências, valores, experiências, desejos e competências. Estabeleça metas e objetivos que estejam alinhados a esses critérios e a sua capacidade de realização. Metas inatingíveis não lhe trarão sucesso nem satisfação.

Se proponha também a revisitar periodicamente o seu projeto pessoal. A vida é dinâmica e as coisas mudam. Aquilo que você buscava para sua carreira há 5, 10, 20 anos, pode não ser mais válido, viável e, nem mesmo, desejável na atualidade. Enfim, o autoconhecimento é fundamental para a construção de uma trajetória profissional plena, e importantíssimo antes, durante e depois da entrevista.

Esta postura autêntica pode até não fechar e restringir por completo o ciclo de desentendimentos citado acima, mas certamente contribuirá para uma escolha, tanto do seu lado quanto do lado da organização, mais certeira, satisfatória e com maiores chances de sucesso.

Como recrutar, formar e reter talentos?

Por José María Gasalla

O Brasil é um lugar espetacular. Constitui-se hoje em laboratório vivo para todos aqueles que realizam estudos no campo de gestão e negócios. Tudo aqui acontece rapidamente. Os processos de inovação geram empresas singulares e alteram as já existentes. Isso é muito bom porque demonstra a vitalidade da economia e um desejo coletivo de aperfeiçoamento. No entanto, há também certa imprevisibilidade no ar.

Algumas organizações ambiciosas demais anunciam mais do que realmente podem oferecer. Outras, especialmente na área de serviços, geram impactos positivos, mas não são capazes de manter padrões de rapidez e qualidade. Com isso, pode-se dizer que muitas companhias produzem frustração. É a loja que demora um mês para entregar um colchão, é a operadora de TV a cabo que leva uma semana para enviar um técnico, é o restaurante que retira do cardápio seu prato predileto, é a empresa de telefonia que não consegue atender à demanda de reclamações.

Mas por que isso ocorre? A razão é simples: as empresas são feitas, sobretudo, de pessoas. São elas que têm a genialidade inventiva. São elas que aprimoram modelos. E são elas que sabem como agradar e cativar um cliente. Quando uma empresa despede-se de um bom colaborador perde um pouco de seu carisma e da capacidade de encantar.

Recentemente acompanhei uma amiga a um super pet shop. Lá eles vendem e fazem de tudo. Há ossos de borracha, comida para peixes e serviços especiais para lavagem e tosa de cães e gatos. Num determinado momento, observei a entrada de uma elegante senhora, com um labrador meio amalucado, impaciente, aparentemente disposto a fugir e destruir toda a loja.

Ao chegar ao "salão de beleza" canino, ela levantou o dedinho indicador e logo perguntou por um funcionário específico: "Cadê aquele carinha?" Ela buscava um certo Roberto, rapazinho novo, o único capaz de aquietar seu cão e efetuar o trabalho de higiene necessário. Logo foi informada que o profissional tinha deixado a empresa e fora trabalhar num concorrente do outro lado da cidade.

Neste momento estampou-se uma grande decepção no semblante da senhora. Chateada e, repetindo baixinho o nome do outro pet shop, arrastou seu cachorro para o estacionamento. Acredito que partiu em busca de Roberto. Esse episódio me remeteu a uma questão importantíssima no cenário de hipercompetitividade: como recrutar, formar e reter talentos?

De modo convencional as empresas apostam em bons salários, bonificações, pacotes de benefícios, cursos de formação, viagens internacionais e até promoções. Essas ações, no entanto, nem sempre são capazes de aquietar as almas especiais que distinguem e credenciam a companhia no mercado. Deparamo-nos com um número crescente de divórcios no Brasil.

O mesmo ocorre na relação entre organizações e profissionais. Os talentosos estão constantemente olhando pela janela, flertando com a mudança e buscando novas oportunidades. Com o apagão de mão de obra no país, o assédio tornou-se ainda mais intenso, de modo que se torna particularmente difícil segurar um bom profissional. Porém, há um elemento intangível que deve ser considerado na construção da fidelidade dos colaboradores. Trata-se da confiança. Dificilmente alguém procura deixar uma empresa se confia plenamente em seus valores, em seus líderes e em sua capacidade de premiar o talento e a dedicação. Quem se sente valorizado, ouvido, compreendido e (por que não?) amado, tende a manter a parceria e nela investir seus esforços.

Nesse particular é preciso destacar um dos elementos constituintes do modelo de Gestão por Confiança. Trata-se da consistência. Refiro-me aqui ao alinhamento, ao longo do tempo, de comportamentos e de valores. Os melhores colaboradores percebem quando a empresa tem um norte estratégico, um padrão humano de conduta interna e um projeto sólido de atendimento das demandas do mercado. Se as coisas boas são feitas sempre, os melhores profissionais logo perceberão esse diferencial de virtude.

A atitude das lideranças também é fundamental à geração da confiança. Observam-se coerentemente as práticas inovadoras, criam-se caminhos para o aperfeiçoamento contínuo e se têm preocupação genuína com as pessoas, farão o melhor endomarketing possível. Esses comportamentos - indicadores da solidez - são, muitas vezes, mais importantes que salário e benefícios. Quer segurar o seu Roberto? Converse mais com ele. Mostre que a empresa conta com ele e valoriza sua capacidade de lidar com os labradores inquietos.

sábado, 30 de julho de 2011

SITES PARA ENCONTRAR A SUA VAGA DE EMPREGO, ESTÁGIO, ETC.

Existem atualmente diversos sites que disponibilizam uma relação de vagas de empregos, estágios, etc. em diversas empresas e diferentes lugures.

Pensando em meus/minhas leitores (as), resolvi criar uma lista com os endereços de todos os sites de busca. Deste modo, desejo que um desses sites lhes abram a oportunidade de entrada no mercado de trabalho.

VAMOS A LUTA!

Começe agora a sua busca, cadastre-se e boa sorte.



http://www.trabalhando.com

http://www.vagas.com.br

http://www.empregos.com.br

http://www.iel.org.br

http://camacarinoticias.com.br/emprego/

http://www.infojobs.com.br

http://www.bne.com.br

http://www.ciee.org.br

http://www.curriculum.com.br

http://www.catho.com.br

http://www.empregosnobrasil.com

http://www.nippobrasil.com.br

http://www.mbrazil.com.br

http://www.crew.com.br

http://www.laborum.com/laborum_com/Default.htm

http://www.monster.com

http://www.monster.com

http://www.acheemprego.kit.net

http://prossigas.ibict.br/mercado

http://www.bumeran.com.br

http://www.gelre.com.br

http://www.nube.com.br

http://www.estagiarios.com

http://www.jornaldoestagiario.com.br

http://www.zap.com.br

http://www.manager.com.br





Estes são apenas alguns sites de busca de emprego. lembro a vocês meus leitores que também é importante se cadastrarem nos sites de diferentes empresas e estarem sempre atualizando seus currículos para terem maiores chances de conseguirem a tão almejada vaga.


Em breve estarei divulgando novas listas de sites e vagas de emprego, estágio, etc.


Até breve!

Negocie o salário hoje para não sofrer amanhã

Para especialistas,um acordo salarial ruim quando surge a proposta de emprego pode pesar no longo prazo    

       Negociar o seu salário? Com a atual situação da economia? Muitos trabalhadores em busca de emprego nos Estados Unidos ficariam deslumbrados ao receber uma proposta de trabalho. Mas devem achar penoso e mesmo arriscado barganhar sobre o salário com um desemprego tão elevado.


     As pesquisas mostram que, mesmo quando as condições econômicas são favoráveis, as mulheres em geral relutam mais do que os homens em negociar um salário maior que o oferecido inicialmente. Mas não negociar pode ser um erro cujas consequências se repercutirão ao longo dos anos, afirma Linda C. Babcock, professora de Economia na Carnegie Mellon University, especializada em negociação. Como a maior parte dos aumentos se baseia em reajustes porcentuais, ela observa, todos os aumentos futuros - assim como as contribuições para a aposentadoria - provavelmente serão menores do que se fosse negociado um salário maior logo de início.

     Algumas pessoas temem que uma proposta de emprego seja rescindida se ousarem pedir uma remuneração mais elevada, e que o empregador passe para o próximo candidato, afirma Barbara Safani, proprietária da Career Solvers, uma empresa de gestão de carreiras de Nova York. Entretanto, ela diz que isto é muito improvável, se você souber negociar de maneira razoável. No entanto, é fácil compreender por que a ideia de uma negociação salarial dá medo. É porque o empregador quase sempre tem todas as cartas do jogo, e poderá pedir que o candidato abra mão das poucas que tem, exigindo que revele prematuramente o salário anterior e suas expectativas quanto à remuneração.

     Em geral, se os empregadores tentam resolver a questão do salário no início da entrevista, o candidato deveria fazer todo o possível para adiar essa discussão, e, se pressionado a fornecer valores, deve procurar ser vago ao máximo, afirma Barbara.
     Quando a pessoa recebe uma proposta, não deve aceitá-la imediatamente, ela sugere. É perfeitamente aceitável dizer que, embora você se sinta entusiasmado com o emprego, precisará de alguns dias para pensar no assunto.
     Nesse meio tempo procure esclarecer as suas prioridades, aconselha Barbara. O mais importante para você é conseguir determinado salário? Ou é a duração das férias, o número de horas do expediente, o grau de responsabilidade ou alguma outra coisa? É importante que você reúna o máximo de informações sobre o cargo, antes da primeira entrevista e depois da proposta.

     E converse com todas as pessoas que conhece naquela companhia, ou de outras como ela. Não deve perguntar diretamente quanto ganham, afirma a professora Babcock. Mas pergunte: "Na sua opinião, qual seria um bom salário para este cargo?" Essa pesquisa ajudará a determinar o seu valor real no mercado de trabalho e poderá servir de base para decidir até que ponto está disposto a negociar - mesmo que agora você esteja desempregado. Em geral, quando o candidato está disposto a negociar, "não peça quanto você quer, peça mais do que você quer", diz Babcock. "Você pode pedir pelo menos 10% a mais do que lhe é oferecido".

     Limite. Às vezes, entretanto, o empregador tem um limite salarial que não pode ultrapassar, observa Rusty Rueff, especialista em carreiras e locais de trabalho da Glassdor.com. No entanto, há muitas maneiras de contornar a situação de maneira a você se sair bem. Suponhamos que você receba uma proposta salarial de US$ 100 mil por ano, mas que você pretenda US$ 110 mil, e o empregador diga não. Peça uma bonificação no fim do primeiro ano se você atingir as metas de desempenho, ele diz, ou, dependendo do setor, tente conseguir uma participação acionária na companhia.

Fonte: Estadao.com.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Veja dicas para se livrar das dívidas e usar bem o crédito

É fundamental planejar gastos e usar bem o crédito.

Para ficar longe das dívidas e manter-se “financeiramente saudável”, a dica unânime entre especialistas é fazer um planejamento mensal das despesas previstas e dos rendimentos recebidos.

“É preciso fazer um orçamento sempre, incluindo todos os gastos, toda a renda, separar uma quantia desse saldo para a poupança e deixar uma margem de segurança para imprevistos. O que sobrar disso, o consumidor pode pensar em novos gastos. Tem que pensar como se fosse uma empresa, que tem receitas e despesas“, diz o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo.

“A pessoa tem que entender o seguinte: se ela está enrolada, só há duas receitas – ou ganhar mais ou gastar menos”, afirma Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC).

OITO PASSOS PARA SE LIVRAR DAS DÍVIDAS
1) Calcule o tamanho da dívida
Peça à empresa ou ao banco que concedeu o empréstimo
um demonstrativo com os valores discriminados da dívida total.
O ideal é ter os documentos com os valores de todas as
dívidas adquiridas.
2) Cheque os valores a serem pagos

Avalie quais são as taxas e valores cobrados junto com
as dívidas. Veja se todas as cobranças estão dentro do
estabelecido no contrato, inclusive a taxa de juros.
É possível que haja cobranças indevidas. Caso tenha
dificuldade em fazer essa avaliação, procure especialistas
ou órgãos de defesa do consumidor para ajudar
3) Renegocie

Com os valores da dívida em mãos, retorne ao local em que
ela foi adquirida e peça uma renegociação. Chore por
descontos, melhores juros e prazos maiores, pois o credor
tem interesse em receber o dinheiro.
4) Busque empréstimos mais baratos

Outra opção é pesquisar um empréstimo mais barato.
Se a dívida é no cartão de crédito ou no cheque especial,
que têm juros altos, pesquise outras taxas, como as do
crédito consignado, que costumam ser menores. Feito isso,
quite a outra dívida e organize-se para pagar a nova.
Também é possível fazer acordos com parentes para
emprestarem o dinheiro.
5) Organize o orçamento
Paralelamente ao cálculo e pagamento da dívida atual, é
preciso organizar o orçamento para não fazer novas dívidas.
Calcule quais são as despesas e ganhos mensais e coloque
tudo no papel.
6) Corte gastos

Considere quais são os gastos essenciais (como alimentação
do dia a dia), os básicos (como despesas com moradia),
os contornáveis (que trazem benefícios, mas podem
ser descartados, como academia) e os desnecessários
(que não fazem falta no dia a dia). Corte primeiro os
gastos desnecessários, passando depois para os demais,
se for preciso.
7) Busque alternativas de renda
Se mesmo com os cortes ainda estiver difícil manter as
despesas mensais, busque alternativas de renda, como
dar aulas, vender produtos etc. Avalie bens que possam
ser vendidos, como carro, terreno e joias, para ajudar
ou no pagamento da dívida ou nos gastos do dia a dia
que não podem ser cortados.
8) Eduque-se financeiramente


Organize-se financeiramente para não voltar a ficar
endividado. Fazer um orçamento mensal e anual é indicado.
Use o cartão de crédito de forma inteligente, ou seja,
para organizar as finanças e concentrar o pagamento
das contas mensais. Organize-se para pagar sempre
todo o valor da fatura, e não somente o valor mínimo.
O cheque especial deve ser usado apenas em
casos de emergência, como gastos com saúde.
Fonte: Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Carlos Daniel Coradi, da EFC Engenheiros Financeiros & Consultores


Organização

Uma dica na hora de organizar o orçamento é classificar as despesas por ‘importância’, diz Gallo. O especialista faz a seguinte separação: gastos essências (como alimentação do dia a dia), os básicos (como despesas com moradia, água e luz), os contornáveis (que trazem benefícios, mas podem ser descartados, como academia) e os desnecessários (que não fazem falta no dia a dia, como a assinatura de uma revista que quase nunca é lida).

“Os gastos desnecessários são aqueles que você realmente vai se perguntar porque está gastando dinheiro com isso”, explica.

Eliminando dívidas

Para Carlos Daniel Coradi, da EFC Engenheiros Financeiros & Consultores, o endividado deve somar todos os bens que possui, como casa, carro, terrenos, para saber o quanto valem e, se necessário, abrir mão de alguns deles. “Se estiver muito embaraçado, pode pedir a ajuda de um contador”, afirma.

Para quem já está inadimplente, os especialistas sugerem tentar renegociar a dívida com o credor. “Procurar a empresa é uma boa coisa se fazer. Há bancos que permitem a renegociação pelo site. A pessoa nem precisa ir à agência. Todo credor está interessado em receber. É melhor, de repente, receber menos, em mais tempo, do que não receber nunca”, explica Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian.

Fazer novos débitos para quitar os antigos só é vantajoso se o novo empréstimo for mais barato do que o antigo. “Não há pior maneira de se pagar dívidas fazendo outras. Isso só vale se o consumidor tiver condições de, por exemplo, contratar um crédito consignado, que tem taxas menores, para pagar o cheque especial ou o cartão de crédito, que são dívidas crescentes”, diz Almeida.

Mantendo o orçamento - evite novas dívidas

Com as dívidas encaminhadas, é preciso cuidado para não entrar outra vez no vermelho. “Não adianta renegociar só por renegociar e já começar a fazer novas dívidas. Terminou de pagar, é preciso seguir a dica do orçamento e não fugir do que está previsto nele”, alerta Solimeo, da ACSP.

A utilização do crédito deve ser feito de forma sustentável, segundo os especialistas ouvidos pelo G1: o parcelamento do cartão de crédito e o uso do cheque especial, por exemplo, devem ser feitos em casos de “emergência”, de acordo com Almeida, não como meio de pagamento das despesas. “O crédito pode ser usado, mas tem que ter claro o limite, porque pode virar uma bola de neve”, alerta.
Fabio Gallo ressalta, ainda, que o cartão de crédito pode até ser usado ao favor do consumidor, desde que administrado corretamente. Isso porque é possível concentrar o pagamento de gastos extras para saber o quanto eles representam como um todo no orçamento do mês.

“Desde que o consumidor entenda o cartão de crédito, ele pode consolidar os gastos nele, sabendo que dia ele vence. [O cartão] pode ser usado até para os pequenos pagamentos”, sugere.
Para passar longe da inadimplência, Solimeo aconselha os consumidores a não comprarem por impulso e a pagarem suas compras à vista ou no menor número possível de parcelas. “Mas, para isso, o orçamento da família deve ser considerado.” Segundo o economista, não adianta o consumidor pagar à vista, por exemplo, e não ter dinheiro para o resto das despesas do mês.

Educação financeira

Para o educador e terapeuta financeiro, presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é preciso que os consumidores racionalizem seus gastos e evitar as despesas, poupando seus recursos, como uma forma de realizar “sonhos”, como a compra de um carro ou mesmo da casa própria.

“É preciso começar a repensar os gastos dentro da própria casa, economizando energia, por exemplo. Uma televisão em stand by, por exemplo, consome R$ 6 por mês. Não custa ao consumidor tirar o plugue da tomada”.

O ideal, na opinião do especialista, é trabalhar a educação financeira com toda a família, inclusive com as crianças. “Em vez de a família se reunir para dizer que os gastos terão de ser cortados, é preciso fazer diferente: falar sobre sonhos. Pensar juntos quais são os sonhos de curto, médio, longo prazo que as pessoas têm e o que pode ser feito para alcançá-los. É uma troca, poupar para realizar sonhos. Temos que criar o ciclo da saúde financeira. Inadimplência é falta de organização, metodologia”, diz Domingos.